“Numa tarde de fevereiro, ao cair do dia, nessa hora em que as cores se tornam incomparavelmente brilhantes por ação de contrastes entre as luzes que se atenuam e as sombras que se intensificam, minha atenção foi para a beleza da relação entre as várias gamas de amarelo que estavam na cor de um barranco cortado para dar passagem a uma rua de subúrbio do Rio de Janeiro, a grama queimada pelo Sol e arbustos calcinados.
Extasiado pelo efeito da harmonia dos tons que iam do amarelo puro à coloração da terra de sombra queimada permaneci algum tempo a contemplar essa paisagem. De repente, chegou uma mulher e estendeu no varal três lençóis brancos, precisamente sob meu campo visual, a uns 50 metros de distância.
Em dado momento, os lençóis e alguns papéis brancos que se encontravam no chão pareceram banhados por um violeta intenso, sem que houvesse nenhum elemento dessa cor que pudesse influenciá-los, nem nas proximidades, nem na atmosfera, pois o azul do céu era límpido.
Tive naquele instante a imediata intuição de que se tratava de um fenômeno físico e não de uma ilusão ótica, e se conseguisse reproduzir num quadro as mesmas relações cromáticas, surgiria sobre o fundo branco da tela uma cor inexistente, que não fosse pintada, isto é, quimi-camente sem suporte” Israel Pedrosa
Extasiado pelo efeito da harmonia dos tons que iam do amarelo puro à coloração da terra de sombra queimada permaneci algum tempo a contemplar essa paisagem. De repente, chegou uma mulher e estendeu no varal três lençóis brancos, precisamente sob meu campo visual, a uns 50 metros de distância.
Em dado momento, os lençóis e alguns papéis brancos que se encontravam no chão pareceram banhados por um violeta intenso, sem que houvesse nenhum elemento dessa cor que pudesse influenciá-los, nem nas proximidades, nem na atmosfera, pois o azul do céu era límpido.
Tive naquele instante a imediata intuição de que se tratava de um fenômeno físico e não de uma ilusão ótica, e se conseguisse reproduzir num quadro as mesmas relações cromáticas, surgiria sobre o fundo branco da tela uma cor inexistente, que não fosse pintada, isto é, quimi-camente sem suporte” Israel Pedrosa
Um comentário:
Ótimo!
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